Júpiter em conjunção com Neptuno em Peixes

Esta é uma energia rara, que se aperfeiçoa no dia 12 de Abril. Apesar de estes dois planetas se encontrarem a cada 13 anos, aproximadamente, só se juntarão de novo em Peixes daqui a mais de 100 anos.
É de grande importância termos consciência desta energia agora, para a podermos usar para o melhor.
É poderosa, mas subtil, agindo principalmente nos planos mental e emocional.
Permite-nos elevar o nosso nível de perceção da realidade, se estivermos comprometidos com o nosso crescimento espiritual.
Temos a oportunidade de sentir barreiras a dissolverem-se, fronteiras a abrirem-se… Percebemos que o mundo não é apenas o nosso «mundinho», que o «outro» não é tão diferente, não está tão distante…
Conseguimos captar e compreender melhor ideias e conceitos esotéricos, espirituais… A nossa imaginação torna-se mais rica do que nunca, enchemo-nos de imagens de um mundo ideal…
A vontade de ajudar eleva-se, talvez porque saibamos, cada vez melhor, que o «outro» somos nós.
Lembramo-nos mais de que, quando sairmos desta dimensão física, só levamos aquilo que somos, aquilo em que nos tornámos… E é urgente que nos transformemos cada vez mais em Paz, em Amor. Aquilo que somos é aquilo que irradiamos para o mundo. Que sejamos Paz, que sejamos Amor.
Quem ainda está pouco (ou nada) consciente do verdadeiro sentido da sua vida, pode sentir-se mais perdido em sofrimento, com desejo de escapar desta dura realidade. Existem muitas aparentes escapatórias, que nos desligam momentaneamente do sofrimento: «scrolling» (que agora parece ser uma atividade), bebida, netflix, ansiolíticos, … Mas estas formas de escape não nos permitem processar o sofrimento e chegar à cura, apenas nos transformam numa espécie de mortos-vivos, que se vão arrastando cheios de dores e rancores…
E quando se fala no sentido ou no propósito da vida, há muita confusão e por vezes amargura… Cada um guarda em si uma imagem utópica da sua vida perfeita, do seu propósito cumprido… Às vezes as coisas não correm bem assim como desejávamos e acabamos por ficar a remoer nos nossos «falhanços». Estes «falhanços» transformam-se vezes demais em desistências e amarguras…
Nesta fase devemos renovar a visão que temos do propósito para a nossa vida.
A vida não se pode resumir apenas a um grande feito, a um propósito generalizado… A vida é feita de momentos, de dias, de horas, de «agoras». Por vezes acontecem grandes reviravoltas, mas são sempre os momentos que reinam, os dias «normais» de sempre. É nos dias «normais» que a maior parte da vida acontece.
Para conseguirmos uma vida ideal, temos de pensar em como seria um dia ideal.
Como nos sentiríamos num dia ideal? O que gostaríamos de fazer? Como nos comportaríamos?
Fazer de cada dia um dia mais ideal, de cada momento um momento mais ideal, seja o que for que isso signifique na prática, é fazer da vida uma vida mais ideal.
É provável que pouco ou nada nos pareça perfeito, já que até o sonho mais idílico, depois de concretizado, se nos apresenta com limitações próprias da vida na Terra.
Portanto, comecemos por admirar e reconhecer os momentos ideais que já vivemos hoje ou ontem, ou a semana passada… E logo, e amanhã e depois, procuremos fazer acontecer mais momentos admiráveis e cada vez mais ideais.
Cada dia está cheio de oportunidades para aprendermos a criar mais harmonia, a ter mais compreensão, a agir com mais bondade, a sentir mais amor… Todos vemos onde há falta destas qualidades e de outras tão desejadas num mundo ideal. Começando por dentro de nós próprios, sentimos muitas vezes estas faltas… Isso não quer dizer que fiquemos à espera que a vida e os outros nos tragam o que precisamos.
A vida traz-nos circunstâncias. Às vezes achamos que são boas, outras achamos que são más. A partir daí, surgem oportunidades de desenvolvimento em nós. Tanto nos podemos desenvolver positivamente com o que achamos mau, como com o que achamos bom. Da mesma forma, tanto nos podemos afundar com o que achamos bom, como com o que achamos mau. Ainda por cima, podemos mudar de ideias e achar que é mau aquilo que ontem era bom (e vice-versa).
Por tudo isto, é urgente percebermos o poder que a nossa consciência tem. Tem o poder de transformar a nossa vida num inferno ou num paraíso. A nossa mente serve-nos para dar significados, para escolher, para inventar e reinventar, imaginar, criar, …
Será que estamos a usá-la a nosso favor, a favor de uma vida mais feliz, de um mundo mais pacífico?
Aquilo que queremos ver florescer no mundo, temos de fazer florescer dentro de nós. «Como é dentro, assim é fora».
Que haja mais clareza nas nossas mentes e mais amor nos nossos corações.